Apesar da história que nos é passada, a religião do judaísmo é uma religião mais de prática do que de crenças. Digo "que nos é passada" pois não sendo judeu, não tenho conhecimento da verdadeira natureza do judaísmo, apesar que toda a pessoa que nasce em um país cristão pensa que sabe alguma coisa. Mas, não sendo bem assim, descobri que o judaísmo tem muitas práticas hoje consideradas como secretas, ocultas e/ou esotéricas, como cabala e meditação. Fiquei contente de saber que a tradição ainda mantinha essas práticas, e por isso resolvi começar esta página. A pessoa que deseja praticar a meditação judaica não tem de ser necessariamente judia, mas recomenda-se o estudo e conhecimento, mesmo que básico, da Bíblia, da lei judaica, da filosofia judaica e da cabala. Praticantes judeus devem seguir os preceitos judaicos, como observar os feriados e sábados, fazer a oração diária, etc, pois estas práticas lembram ao praticante a seriedade da sua tradição e dão continuidade à prática da meditação, que inclusive pode ser feita antes ou depois da prática diária, podendo ser incorporada à ela. Em segundo lugar, o praticante deve ter ética na sua vida. Os mandamentos devem ser seguidos entre as pessoas assim como com Deus. O praticante judeu autêntico vê todas as pessoas como imagens de Deus, ou seja, isso significa que devemos tratar todas as pessoas, mesmo aquelas que achamos que não, com dignidade; devemos evitar intrigas de qualquer tipo; devemos ter honestidade em nossas transações (financeiras ou não); devemos dedicar uma parcela de tempo em prol de uma comunidade; etc. Ciente destes requisitos, o praticante deve compreender que a meditação não é uma terapia, e sim um ato religioso. Pessoas que estejam com algum tipo de tratamento não devem substituí-lo pela meditação. A meditação judaica tem como objetivo exatamente aquilo que toda religão quer: a religação com Deus. O objetivo não é adquirir nenhum poder especial, vidência, ou qualquer coisa assim. Mesmo que algum tipo de experiência ocorra, ela não deve ser valorizada e não deve ser motivo de distração da prática, assim como pensamentos, etc. Tendo a motivação da prática, o desejo de ter continuidade, e escolhido um horário de prática, existem algumas formas de como pode ser a meditação. Relaxamento Inicial Sentado confortavelmente, o praticante deve acalmar sua mente, focalizando a sua respiração. Sem prestar atenção a mais nada, respirar, sentindo a inspiração e a expiração. Depois de algum tempo prestar atenção também em cada parte do corpo, se está relaxado ou não, e assim por diante, varrendo as tensões do corpo. Feito isso, voltar a prestar atenção na respiração. Inicialmente esse exercício pode ser toda a meditação, mais adiante pode ser feito antes da meditação propriamente dita, à medida que o praticante se acostuma com a prática e se torna mais hábil. Meditando Não tendo muito conhecimento das práticas judaicas, não pretendo entrar em muitos detalhes da meditação judia, pois corro o risco de passar informações errôneas. Aqueles que se interessarem em conhecer mais profundamente devem procurar informações na seção de links ou com algum praticante judeu que possa dar informações. Mas basicamente a meditação judaica pode ser feita com uma das seguintes formas:
Escolas de Meditação Sucintamente, existem 3 escolas de meditação judaicas:
Não tendo conhecimento para expor mais, termino por aqui. Com toda a certeza esse texto é apenas uma introdução, se alguém perceber algum erro, por favor enviar uma mensagem. |